sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Acharemos Sempre - pelo Espírito Emmanuel

"Porque qualquer que pede, recebe; e quem busca, acha" - Jesus (Lucas, 11:10.)


Ao experimentar o crente a necessidade de alguma coisa, recorda maquinalmente a promessa do Mestre, quando assegurou resposta adequada a qualquer que pedir.

Importa, contudo, saber o que procuramos. Naturalmente, receberemos sempre, mas é imprescindível conhecer o objeto da nossa solicitação.

Asseverou Jesus: "Quem busca, acha".

Quem procura o mal encontra-se com o mal igualmente.

Existe perfeita correspondência entre nossa alma e a alma das coisas. Não expendemos uma hipótese, examinamos uma lei.

Para os que procuram ladrões, escutando os falsos apelos do mundo interior que lhes é próprio, todos os homens serão desonestos. Assim ocorre aos que possuem aspirações de crença, acercando-se, desconfiados, dos agrupamentos religiosos. Nunca surpreendem a fé, porque tudo analisam pela má-fé a que se acolhem. tanto experimentam e insistem, manejando os propósitos inferiores de que se nutrem, que nada encontram, efetivamente, além das desilusões que esperavam.

A fim de encontrarmos o bem, é preciso buscá-lo todos os dias.

Inegavelmente, num campo de lutas chocantes como a esfera terrestre, a caçada ao mal é imediatamente coroada de êxito, pela preponderância do mal entre as criaturas. A pesca do bem não é tão fácil; no entanto, o bem será encontrado como valor divino e eterno.

É indispensável, pois, muita vigilância na decisão de buscarmos alguma coisa, porquanto o Mestre afirmou: "Quem busca, acha"; e acharemos sempre o que procuramos.


Extraído do livro Caminho, Verdade e Vida, de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

5º JANTAR LUZ


Caros leitores; 

No próximo dia 26/11/2011, às 20h30min, no Clube Caixeiral de Bagé, se realizará o 5º Jantar Luz em benefício da Instituição Caminho da Luz. 

Os convites podem ser adquiridos através do fone de contato que segue abaixo, ao valor de R$ 30,00 (trinta reais).

O maior motivo da realização do jantar é a obtenção de patrocínios, para que possamos dar continuidade ao trabalho realizado pela instituição há mais de cinquenta anos, com o pagamento do décimo terceiro salário dos valorosos funcionários da Instituição.

Venham vivenciar um dia na Instituição para entenderem o porquê esta obra é tão importante para as pessoas que lá trabalham e para as que buscam assistência.

Empresário e empresária: quem doar R$ 500,00 (quinhentos reais) ou mais terá direito a dois convites cortesia e sua empresa será agraciada com um recibo da doação. O nome da empresa também será divulgado durante o jantar.

Patrocine o jantar, precisamos de sua cooperação e generosidade.

Iara Freitas
Vice-Presidente
ifsfreitas@brturbo.com.br
Bagé/RS - contato 53-91250959



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Regra de Ajudar


João, no auge da curiosidade juvenil, compreendendo que se achava à frente de novos métodos de viver, tal a grandeza com que o Evangelho transparecia dos ensinamentos do Senhor, perguntou a Jesus qual a maneira mais digna de se portar o aprendiz, diante do próximo, no sentido de ajudar aos semelhantes, ao que o Amigo Divino respondeu, com voz clara e firme:
- João, se procuras uma regra de auxiliar os outros, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o companheiro de jornada terrestre tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele.
“A pretexto de cultivar a verdade, não transformes a própria existência numa batalha em que teus pés atravessem o mundo, qual furioso combatente no deserto; recorda que a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhes é própria, reclamando amizade e entendimento, acima da medicação.
“Lembra-te de que não há corações na Terra sem problemas difíceis a resolver; em razão disso, aprende a cortesia fraternal para com todos.
“Acolhe o irmão do caminho, não somente com a saudação recomendada pelos imperativos da polidez, mas também com o calor do teu sincero propósito de servir.
“Fixa nos olhos as pessoas que te dirigirem a palavra, testemunhando-lhes carinhoso interesse, e guarda sempre a posição de ouvinte delicado e atencioso; não levantes demasiadamente a voz, porque a segurança e a serenidade com que os mais graves assuntos devem ser tratados não dependem de ruído.
“Abstém-te das conversações improfícuas; o comentário menos digno é sempre invasão delituosa em questões pessoais.
“Louva quem trabalha e, ainda mesmo diante dos maus e dos ociosos, procura exaltar o bem que são suscetíveis de produzir.
“Foge ao pessimismo, guardando embora a prudência indispensável perante as criaturas arrojadas em negócios respeitáveis, mas passageiros, do mundo; a tristeza improdutiva, que apenas sabe lastimar-se, nunca foi útil à Humanidade, necessitada do bom ânimo.
“Usa, cotidianamente, a chave luminosa do sorriso fraterno; com o gesto espontâneo de bondade, podemos sustar muitos crimes e apagar muitos males.
“Faze o possível por ser pontual; não deixeis o companheiro à tua espera, a fim de que te não seja atribuída uma falsa importância.
“Agradece todos os benefícios da estrada, respeitando os grandes e os pequenos; se o Sol aquece a vida, é a semente de trigo que fornece o pão.
“Deixa que as águas vivas e invisíveis do amor, que procedem de Deus, nosso Pai, atravessem o teu coração, em favor do círculo de luta em que vives; o amor é a força divina que engrandece a vida e confere poder.
“Façamos, sobretudo, o melhor que pudermos na felicidade e na elevação de todos os que nos cercam, não somente aqui, mas em qualquer parte, não apenas hoje, mas sempre”.
Silenciou o Cristo e, assinalando a beleza do programa exposto, o jovem apóstolo inquiriu respeitosamente:
- Senhor, como conseguirei executar tão expressivos ensinamentos?
O Mestre respondeu, resoluto:
- A boa vontade é nosso recurso de cada hora.
E, afagando os cabelos do discípulo inquieto, encerrou as preces da noite.

Extraído da obra Jesus no Lar pelo Espírito Neio Lúcio e psicografado por Francisco Cândido Xavier. p. 127-130. Editora FEB, 2010. 

sábado, 12 de novembro de 2011

DINHEIRO



“Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” – Paulo. (Timóteo, capítulo 6, versículo 10.)

Paulo não nos diz que o dinheiro, em si mesmo, seja flagelo para a humanidade.

Várias vezes, vemos o Mestre em contato com o assunto, contribuindo para que a nossa compreensão se dilate. Recebendo certos alvitres do povo que lhe apresenta determinada moeda da época, com a efígie do imperador romano, recomenda que o homem dê a César o que é de César, exemplificando o respeito às convenções construtivas. Numa de suas mais lindas parábolas, emprega o símbolo de uma dracma perdida. Nos movimentos do Templo, aprecia o óbolo pequenino da viúva.

O dinheiro não significa um mal. Todavia, o apóstolo dos gentios nos esclarece que o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males. O homem não pode ser condenado pelas suas expressões financeiras, mas, sim, pelo mau uso de semelhantes recursos materiais, porquanto é ple obsessão da posse que o orgulho e a ociosidade, dois fantasmas do infortúnio humano, se instalam nas almas, compelindo-as a desvios da luz eterna.

O dinheiro que te vem às mãos, pelos caminhos retos, que só a tua consciência pode analisar à claridade divina, é um amigo que te busca a orientação sadia e o conselho humanitário. Responderás a Deus pelas diretrizes que lhe deres e ai de ti se materializares essa força benéfica no sombrio edifício da iniquidade.


Pelo Espírito Emmanuel através do médium Francisco Cândido Xavier. Extraído da obra Fonte Viva, p. 131, Editora FEB

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

XXIV CONJERGS inicia hoje


A União Espírita Bageense - Caminho da Luz irá participar de maneira ativa na realização da XXIV Confraternização das Juventudes Espíritas do Rio Grande do Sul (CONJERGS). O tema deste ano será: "Jovem, por que te deténs?". O evento inicia hoje (28/10) e vai até domingo (30/10). A última vez que a Rainha da Fronteira havia sediado a CONJERGS foi em 1965. Centenas de jovens, em torno de 750, oriundos de diferentes regiões do estado, são aguardados para o encontro. A organização local do evento está a cargo do Conselho Regional Espírita da 6º Região e da União Municipal Espírita de Bagé. As atividades centrais serão realizadas no Ginásio Corujão.

O Caminho da Luz irá sediar a praça de alimentação para os participantes. No ginásio da instituição serão servidos os almoços de sábado e domingo e o jantar de sábado - para o qual foi contratado o serviço do Restaurante Betemps. A cozinha da entidade irá servir para a preparação dos cafés da manhã e lanches de sábado e domingo, que serão distribuídos aos participantes. "A instituição também será responsável pela hospedagem da diretoria da Federação Espírita do Rio Grande do Sul que virá a Bagé, cedendo suas instalações", explica a vice-presidente do Caminho da Luz, Iara Freitas. Cerca de 40 pessoas devem pernoitar na entidade.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Artífice da Própria Sorte



Em publicações anteriores (http://bagespirita.blogspot.com/2011/04/as-horas-iniciais-apos-o-suicidio.html e http://bagespirita.blogspot.com/2011/05/o-vale-dos-suicidas.html) nos deparamos com a situação vivenciada pelo Espírito Camilo Cândido Botelho e relatada na obra mediúnica de Yvonne A. Pereira, intitulada Memórias de Um Suicida.
Naquela oportunidade o Espírito Camilo relatou as agruras sofridas nas horas iniciais após o cometimento de um suicídio e o local para onde foi remetido: o “Vale dos Suicidas”.
Inicialmente, deve ser levado em consideração que não foi ao acaso que o nosso amigo Camilo foi remetido para tal vale sinistro. Já conseguimos angariar o entendimento de que qualquer sofrimento está diretamente ligado à nossa imperfeição.
Allan Kardec já referia na obra O Céu e o Inferno[1] que “(...) a alma carrega, consigo mesma, o seu próprio castigo, por toda parte onde se encontre; para isso, não tem necessidade de um lugar circunscrito”.
Ainda assim, o Espírito Camilo nos dá conta, através da obra de Yvonne A. Pereira, de que “a mente edifica e produz. O pensamento – já bastantes vezes declararam – é criador, e, portanto, fabrica, corporifica, retém imagens por si mesmo engendradas, realiza, segura o que passou e, com poderosas garras, conserva-o presente até quando desejar! Cada um de nós, no Vale sinistro, vibrando violentamente e retendo com as forças mentais o momento atroz em que nos suicidamos, criávamos os cenários e respectivas cenas que vivêramos em nossos derradeiros momentos de homens terrestres”.
Porém, será que este amigo espiritual foi condenado a viver eternamente nessas condições degradantes?
Para responder esta indagação vamos ao ensinamento do Mestre Jesus que, se utilizando de seu conhecimento das leis eternas, disse: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo o que pede, recebe; e o que busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á. Ou qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente. Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso pai, que está nos céus, dará boas dádivas aos que lhes pedirem”. (Mateus, VII: 7-11)
Novamente Kardec, na obra O Céu e o Inferno[2], confirma a assertiva de Jesus de Nazaré e assevera: “Em virtude da lei do progresso, tendo, toda alma, a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, e de se desfazer do que ela tem de mau, segundo os seus esforços e a sua vontade, disso resulta que o futuro não está fechado para nenhuma criatura. Deus não repudia nenhum dos seus filhos; recebe-os, em seu seio, à medida que atingem a perfeição, deixando, assim, a cada um, o mérito de suas obras”.
Nessa toada, diante de tais ensinamentos verificamos que o nosso amigo espiritual Camilo Cândido Botelho, após dias e dias de indizíveis sofrimentos, verdadeiramente arrependido do atentando contra a sua própria vida, foi resgatado diretamente no vale sinistro: “O conhecido rumor aproximava-se cada vez mais... Até que, dentro da atmosfera densa e penumbrosa, surgiram os carros brancos, rompendo as trevas com poderosos holofotes. Estacionou o trem caravaneiro na praça lamacenta. Desceu um pelotão de lanceiros. Em seguida, damas e cavalheiros, que pareciam enfermeiros, e mais o chefe da expedição (...). silenciosos e discretos iniciaram o reconhecimento daqueles que seriam socorridos. (...) De súbito ressoou na atmosfera dramática daquele inferno onde tanto padeci, repercutindo estrondosamente pelos mais profundos recôncavos do meu ser, o meu nome, chamado para a libertação!”.
Eis a prova viva que tantos de nós ainda necessitamos para crer verdadeiramente na benevolência infinita e soberana justiça de Deus.
Diante de um fato assim narrado pelo nosso amigo espiritual Camilo, cai por terra a imagem criada há séculos daquele Deus castigador, aquele Deus que elege ou pune seus filhos calcado apenas em dogmas religiosos. Tamanha pequenez da nossa civilização!
Com o conhecimento de fatos como este, narrados de além-túmulo, através da mediunidade caridosa de almas como Yvonne A. Pereira, chegamos fatalmente à conclusão que estando encarnado ou desencarnado, Deus reconhece o nosso arrependimento e envia os seus servidores para nos resgatar onde nós estivermos.
Portanto, não devemos - e não podemos - relegar a Deus ou a dogmas religiosos a nossa sorte após o passamento. Devemos fazer por onde chegar até Ele. Como? Através dos nossos atos, através do bem que praticarmos para com nós mesmos e para com o nosso próximo, através da verdadeira caridade. Porque a máxima de que fora da igreja ou dos templos religiosos não há salvação há muito tempo foi derrubada para ser edificada a de que “fora da caridade não há salvação”.
Enfim, caros amigos, somos os artífices da nossa própria sorte. Trabalhemos incessantemente para buscarmos a nossa perfeição moral e do Planeta que nos é destinado viver, para que caminhemos em direção de nosso Pai, bem como do Reino dos Céus, tão bem descrito pelo Salvador Jesus Cristo.


José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e Advogado
josearturmaruri@hotmail.com




[1] KARDEC, AllanO Céu e o Inferno e Justiça Divina Segundo o Espiritismo, primeira parte, capítulo VII, p. 58.
[2] Idem

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O cristão e o mundo - pelo Espírito Emmanuel


"Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio de espiga" - Jesus (Marcos, 4:28.)

Ninguém julgue fácil a aquisição de um título referente à elevação espiritual. O Mestre recorreu sabiamente aos símbolos vivos da Natureza, favorecendo-nos a compreensão.

A erva está longe da espiga, como a espiga permanece distanciada dos grãos maduros.

Nesse capítulo, o mais forte adversário da alma que deseja seguir o Salvador, é o próprio mundo.

Quando o homem comum descansa nas vulgaridades e inutilidades da existência terrestre, ninguém lhe examina os passos. Suas atitudes não interessam a quem quer que seja. Todavia, em lhe surgindo no coração a erva tenra da fé retificadora, sua vida passa a constituir objeto de curiosidade para a multidão. Milhares de olhos, que o não viram quando desviado na ignorância e na indiferença, seguem-lhe agora, os gestos mínimos com acentuada vigilância. O pobre aspirante ao título de discípulo do Senhor ainda não passa de folhagem promissora e já lhe reclamam espigas das obras celestes; conserva-se ainda longe da primeira penugem das asas espirituais e já se lhe exigem vôos supremos sobre as misérias humanas.

Muitos aprendizes desanimam e voltam para o lodo, onde os companheiros não os vejam.

Esquece-se o mundo de que essas almas ansiosas ainda se acham nas primeiras esperanças e, por isso mesmo, em disputas mais ásperas por rebentar o casulo das paixões inferiores na aspiração de subir; dentro da velha ignorância, que lhe é característica, a multidão só entende o homem na animalidade em que se compraz ou, então, se o companheiro pretende elevar-se, lhe exige, de pronto, credenciais positivas do céu, olvidando que ninguém pode trair o tempo ou enganar o espírito de seqüência da Natureza. Resta ao cristão cultivar seus propósitos sublimes e ouvir o Mestre: Primeiro a erva, depois a espiga e, por último, o grão cheio na espiga.

(Caminho, verdade e vida/pelo Espírito Emmanuel; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. - 28. ed. - 4ª reimpressão - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2011)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Milagre da Cura


A Revista Veja, na edição de 21/09/2011, trouxe em sua capa que o ator Reinaldo Gianecchini está aliando o tratamento convencional ao Espiritismo na luta contra o câncer. E mais, trouxe a opinião de vários médicos que reconhecem a efetividade de tal prática.
Há quem acredite nessa possibilidade, como o ator, e há também os que contestem. Mas como explicar certas curas que acabam por espantar grande parte da sociedade médica? Vários são os exemplos de grandes curas e em várias épocas da humanidade somando-se a de nossos dias aqui na Terra. Algumas de difícil explicação, inclusive pela Medicina.
Allan Kardec, no capitulo XIV de A Gênese, nos dá conta que tanto o nosso corpo como o nosso perispírito tem como elemento primitivo o fluido universal.
Dessa forma, pela identidade de sua natureza, o fluido condensado no perispírito pode fornecer ao corpo os princípios reparadores necessários para que se opere a cura. Na verdade, trata-se de uma substituição de uma molécula sã, proveniente do médium curador, por uma malsã, extraída do doente. O poder curador está, pois, em razão da pureza da substância inoculada, mas nada pode ser feito sem a energia da vontade, tanto do médium como do doente, que provoca uma emissão fluídica de maior intensidade e por assim dizer, com muito mais força para penetração.
Recebemos o alerta de Kardec no item 32 do capítulo aludido quando refere que “os efeitos da ação fluídica sobre as enfermidades são extremamente variados, segundo as circunstâncias; esta ação, algumas vezes, é lenta e reclama um tratamento continuado, como no magnetismo comum; de outras vezes é rápida como uma corrente elétrica”.
Em O Livro dos Espíritos, na questão 556, o Codificador indagou da plêiade de Espíritos, se certas pessoas, verdadeiramente, detinham o dom de curar pelo simples toque e obteve a seguinte resposta: “A força magnética pode ir até aí quando secundada pela pureza de sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos ajudam”.
O nosso modelo e guia, Jesus de Nazaré, detinha uma capacidade ímpar de domínio das ações fluídicas e magnéticas e muitos de seus “milagres” se deram pela manipulação desse material etéreo.
E assim foi quando Jesus curou um cego de nascença (Jo, 14, 1 à 34): “(...) ele cuspiu no chão, e tendo feito uma lama com a saliva, untou com essa lama os olhos do cego – e disse-lhe: ide vos lavar na piscina de Siloé, que significa enviado. Para lá foi, pois, e se lavou e voltou a ver claro”.
Diante de tal cura miraculosa, Allan Kardec explicita no Capítulo XV de A Gênese, item 25, que “é evidente que a espécie de lama feita com a saliva e a terra não poderia ter virtude senão pela ação do fluido curador de que estava impregnada; assim é que as substâncias mais insignificantes: a água, por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas sob a ação do fluido espiritual ou magnético, aos quais servem de veículo, ou querendo-se, de reservatório”.
Ora, vastos são os exemplos de curas espirituais que muitas vezes se dão sem a presença do paciente e, em muitos casos, bem à distância.
Também, há que se ter a cautela para que não se ministre um tratamento espiritual a um enfermo como único método. O Espiritismo caminha lado a lado com a ciência de forma que a aplicação de passe magnético (imposição de mãos) e ingestão de água fluidificada devem vir acompanhando ao tratamento médico convencional.
No entanto, não se surpreendam e muito menos relacionem ao maravilhoso quando for obtida uma cura e a medicina não conseguir explicação na Ciência materialista. Apenas recordemos uma máxima de Kardec: “O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação”. (A Gênese, pag. 20)
Enfim, se obtivermos a permissão de Deus para que alcancemos uma cura espiritual, apenas foquemos o nosso pensamento Nele e agradeçamos a Sua Divina concessão como uma nova chance para continuarmos a nossa caminhada infinita na direção de nosso Pai, amparado nos exemplos do Mestre Jesus e não deixemos de exercitar a nossa fé para que possamos aprender com esta nobre educadora chamada “doença”.



José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e Advogado
josearturmaruri@hotmail.com

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Culto à Revolução Farroupilha



Todos nós estamos observando a passagem de mais uma Semana Farroupilha. No próximo dia 20 de setembro estaremos “comemorando” cento e setenta e seis anos da proclamação da República Riograndense.
Os leitores devem ter notado que a expressão “comemorando” foi aposta neste texto entre aspas. Isto se deve a uma única questão: será que devemos “comemorar” este dia?
Estou ciente de que poderei ser mal interpretado neste propósito de influenciar uma reflexão acerca deste tema. Aliás, um tema que faz o coração do gaúcho palpitar mais forte, afinal, o mesmo já tem o sangue quente por natureza e quando se fala da Revolução Farroupilha, aí sim, aflora o orgulho de ser Riograndense.
Acontece que refletindo sobre a pergunta feita logo acima, vem à tona o modo como, nós gaúchos, cultuamos este orgulho de ter proclamado à República Riograndense e declarado guerra ao Império constituído pela Família Real.
Voltando-nos ao Livro dos Espíritos, exatamente na questão 744, Allan Kardec indagou da plêiade de Espíritos qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária. Os Espíritos responderam em duas palavras de enorme significado: a liberdade e o progresso.
Não era muito mais que isso que os gaúchos do século XIX buscavam. A liberdade do poder arrebatador do Império e o progresso econômico, intelectual e moral de sua gente. Não é a toa que a Providência permitiu que esta guerra perdurasse dez anos consecutivos até a lavratura do termo de paz em Ponche Verde, hoje município de Dom Pedrito-RS.
Porém, o que nos leva a refletir sobre isso é o modo como nós cultuamos uma revolução, uma guerra, que furtou a vida de milhares de pessoas, manchando de sangue não apenas os campos verdes da Região da Campanha, mas manchando a nossa história.
Quando um povo desembainha uma espada para poder impor o seu pensamento ou quem sabe a sua liberdade de pensamento contra outra parcela de uma população dominante, é porque não avançamos o suficiente como Espírito e como seres pensantes para usar das estratégias do diálogo e da brandura, ensinadas por Jesus de Nazaré.
Como consta da questão 742 de O Livro dos Espíritos, a causa que nos leva a guerra é a “predominância da natureza selvagem sobre a espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos conhecem apenas o direito do mais forte; é por isso que a guerra é para eles um estado normal”.
Ocorre que, em pleno século XXI, não podemos mais achar que é “normal” um povo se rebelar contra outro povo ou quem sabe contra o seu próprio povo sem discutir civilizadamente os seus requerimentos e suas concessões.
Por outro lado, muito menos admissível que cultuemos, com orgulho, uma revolução que aniquilou os nossos próprios irmãos. Devemos recordar sim, o que não podemos é render cultos a um fato que apenas demonstrou o nosso estado de barbárie. Um procedimento totalmente apartado daquele que o nosso Mestre Nazareno nos demonstrou em sua vinda para a crosta terrestre há dois mil anos.
O que esperamos sinceramente é que chegue a era em que a guerra desaparecerá totalmente da face da Terra, como consta na resposta dada pelos Espíritos à questão 743 de O Livro dos Espíritos, momento em que “os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão irmãos”.
Nessa hora, não mais cultuaremos as guerras passadas, apenas nos recordaremos delas como uma passagem melancólica na história da civilização humana.
Quando isso ocorrer falaremos das guerras como um momento do pretérito em que nos distanciamos totalmente dos preceitos cristãos, falaremos que não tínhamos entendido o maior mandamento dado por Jesus que é “amai-vos uns aos outros”. Naquela época nós acreditávamos na violência, “armando-nos uns contra os outros”.
Aguardemos esses dias em que a paz será mote de celebração, mas aguardemos praticando a caridade, única saída para a autoiluminação.


José Artur M. Maruri dos Santos
Advogado e Colaborador da União Espírita Bageense

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Seminário: “A pedagogia de Jesus” Com Vinicius Lousada


Vinícius Lima Lousada é pedagogo (FURG), Mestre e Doutorando em Educação (UFRGS) e colaborador da FERGS (Federação Espírita do Rio Grande do Sul).

Dia: 18/09/2011

Hora: 9h

Local: Caminho da Luz

Av. General Osório, 2478 – Tel: 3242 4155

O Caminho da Luz espera por vocês. Prestigiem!

Tópicos abordados:
 - Jesus: Mestre e senhor
 - A escola da vida
-O ensino de Jesus
-A metodologia das parábolas
- Praticar o ensino
 - Ensinar também
 - Sal da Terra e Luz do Mundo
 - Os Educandos
 - O Evangelho a a autorealização do Ser
-Os tempos são chegados...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Estás doente? - pelo Espírito Emmanuel


E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” - (TIAGO, capítulo 5, versículo 15.)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora.
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.
Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.
Não manches teu caminho.
Serve sempre.
Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Extraído da obra Fonte Viva, p. 86, Editora FEB

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Na Obra Regenerativa - pelo Espírito Emmanuel*

Emmanuel
"Se tentarmos orientar o irmão perdido nos cipoais do erro, com aguilhões de cólera, nada mais fazemos que lhe despertar a ira contra nós mesmos.
Se lhe impusermos golpes, revidará com outros tantos.
Se lhe destacamos as falhas, poderá salientar os nossos gestos menos felizes.
Se opinamos para que sofra o mesmo mal com que feriu a outrem, apenas aumentamos a percentagem do mal, em derredor de nós.
Se lhe aplaudimos a conduta errônea, aprovamos o crime.
Se lhe permanecemos indiferentes, sustentamos a perturbação.
Mas se tratarmos o erro do semelhante, como quem cogita de afastar a enfermidade de um amigo doente, estamos, na realidade, concretizando a obra regenerativa.
Nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despenhar-se nas sombras interiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo, é tão desaconselhável a condenação, quanto o elogio.
Se não é justo atirar petróleo às chamas, com o propósito de apagar a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfume.
Sejamos humanos, antes de tudo.
Abeiremo-nos do companheiro infeliz, com os valores da compreensão e da fraternidade.
Ninguém perderá, exercendo o respeito que devemos a todas as criaturas e a todas as coisas.
Situemo-nos na posição do acusado e reflitamos se, nas condições dele, teríamos resistido às sugestões do mal. Relacionemos as nossas vantagens e os prejuízos do próximo, com imparcialidade e boa intenção.
Toda vez que assim procedemos, o quadro se modifica nos mínimos aspectos.
De outro modo será sempre fácil zurzir e condenar, para cairmos, com certeza, nos mesmos delitos, quando formos, por nossa vez, visitados pela tentação".

*Extraído do livro Fonte Viva, p. 89-90.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Semana Nacional da Pessoa com Deficiência - 21 a 28 de Agosto de 2011


A UNIÃO ESPÍRITA BAGEENSE - CAMINHO DA LUZ tem a honra de convidá-los para as atividades da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência a realizar-se de 21 a 28 de Agosto de 2011, conforme o cronograma a seguir.

Contamos com a presença de todos, pois é muito importante para nós!

Participem conosco!

A Instituição localiza-se na Av. Gen. Osório, nº 2478, em Bagé-RS. O telefone para contato é (53) 32403500.
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21 de agosto: 
- DOMINGO - 16 horas - Palestra de abertura com VINÍCIUS LIMA LOUSADA, licenciado em Pedagogia (FURG), Mestre e Doutorando em Educação (UFRGS), servidor da Doutrina Espírita, atua no quadro da FERGS (Federação Espírita do Rio Grande do Sul), como palestrante, escritor e facilitador de grupo de estudos, cursos e seminários. TEMA: A EDUCAÇÃO EM TEMPO DE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA. LOCAL: Salão de Atos da Instituição.

22 de agosto:
- SEGUNDA-FEIRA - 09 horas - JOGOS DE FUTSAL INTEGRATIVOS. Participação das escolas: EEEF FÉLIX CONTREIRAS RODRIGUES, EMEF MESTRE PORTO, CAMINHO DA LUZ E CAPS II.
SEGUNDA-FEIRA - 14h30min - OFICINAS: A INCLUSÃO ATRAVÉS DA ARTE. Professora de Ed. Artística - SANLAI MARINHO. HERNANDES COUGO E THEO GOMES- Artista Revelação.

23 de agosto:
- TERÇA-FEIRA - Manhã e Tarde - BRINQUEDOS - Dia de Recreação em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer.
- TERÇA-FEIRA - 14h - PALESTRA SOBRE "BULLING" com a Profª CLÁUDIA MOSCARELLI CORRAL (Profª da URCAMP e UERGS - Mestre em Saúde Pública)

24 de agosto:
- QUARTA-FEIRA - 09h30min - PALESTRA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS com a Profª CLÁUDIA IRIZAGA GONÇALVES, professora da Rede Pública de Ensino e Diretora da Escola Estadual Justino Quintana, trabalhadora da Casa Espírita Vicente de Paula.
- QUARTA-FEIRA - 14h - Apresentação  do grupo Caminho da Luz no Instituto Municipal de Belas Artes.

25 de agosto:
- QUINTA-FEIRA - Tarde - EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS DAS OFICINAS NO CORETO - Praça Silveira Martins.

26 de agosto:
- SEXTA-FEIRA - 14h - APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS NO GINÁSIO CAMINHO DA LUZ - Pedro Sá e Grupo de Amigos - Música Tradicionalista; Academia Biocenter; Oficina de Dança Caminho da Luz - Professoras Maximira Viana e Celusa Sabreda; show de mágica - Prof. Cesar Palomeque.

28 de agosto:
- DOMINGO - 16 horas - PALESTRA DE ENCERRAMENTO com MARIA ELISABETH BARBIERI, bacharel em Direito, servidora da Justiça Federal aposentada e Presidente da FERGS (Federação Espírita do Rio Grande do Sul). TEMA: SOMOS IMORTAIS. Local: Salão de Atos da Instituição.

"Quando perdemos o direito de ser diferentes perdemos o privilégio de sermos livres". (Anônimo)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estudando os princípios básicos do Espiritismo

Caros irmãos.
Se vocês puderem observar nas postagens antigas do blog, verão que estamos tratando dos princípios básicos da Doutrina Espírita, quais sejam: Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade com os Espíritos, a pluralidade dos mundos habitados e a pluralidade das existências.
Nessa toada, já tivemos a publicação de artigos que visam estudar esses princípios como um todo (NUANCES DO ESPIRITISMO) e, em seguida, cada um desses princípios, tais como Deus (POR QUE SOU ATEU) e a pluralidade das existências (A REENCARNAÇÃO).
Mas onde está o porquê deste intróito? 
Esta introdução serve para direcionar os irmãos para o próximo artigo que já foi publicado no blog da Sociedade Espírita Adolfo Bezerra de Menezes, bem como no jornal local, Folha do Sul Gaúcho. Trata-se do artigo que é intitulado "Podemos nos comunicar com os mortos?".
Dessa forma, segue o mesmo abaixo com os votos de bons estudos e um bom final de semana com muita paz de Jesus no coração de todos.



Podemos nos comunicar com os “mortos”?


Qualquer discussão sobre espiritismo deve passar por um tríplice questionamento[1]: “Credes em Deus? Credes ter uma alma? Credes na sobrevivência da alma após a morte?”.

Na hipótese de você responder negativamente, ou mesmo se a sua consciência lhe responder que não sabe ou que não está seguro disso, não prossiga na leitura deste artigo.

Por outro lado, se a sua consciência lhe diz que Deus existe, que temos uma alma e que a alma pode sobreviver ao que chamamos de morte, siga em frente, porque é daí que decorre a existência dos Espíritos.

Agora, leitor, se indague quanto à possibilidade da comunicação dos Espíritos conosco, Espíritos investidos na experiência carnal.

Reflita: um homem livre não pode se comunicar com um homem aprisionado? Parece-me que isso é totalmente possível. Tão possível quanto um Espírito fora da experiência corporal dirigir-se a um Espírito encarnado, eis que o primeiro é totalmente livre para comunicar-se com quem bem entender.

Várias religiões crêem e professam a existência das almas e admitem que elas estejam por toda a parte, tanto que algumas apontam para locais onde elas se encontram após a morte e outras que em seus rituais prestam-se apenas ao afastamento dos seres espirituais e sequer preocupam-se com o encaminhamento destes. Portanto, tendo isto como premissa, não é natural pensar que quem nos amou durante a vida se aproxime de nós e queira conosco comunicar-se?

Agora, se você respondeu as três primeiras questões de modo negativo, ou mesmo qualquer delas, podemos concluir que você não é afeito à questões transcendentais.

Dessa forma, convidamos você, caro leitor, para que se atente para a seguinte inserção: a simples negação da possibilidade de comunicação com os “mortos” não traz prova alguma de que isto não seja perfeitamente possível. Partindo deste princípio, invertemos a nossa posição e pedimos provas peremptórias que a comunicação com os entes que já se foram é impossível. Mas pedimos provas concretas, que por a mais b nos seja evidenciado

1º Que o ser que pensa em nós durante a vida, não deve mais pensar após a morte;

2º Que, se pensa, não deve mais pensar naqueles que amou;

3º Que, se pensa naqueles que amou, não deve mais querer se comunicar com eles;

4º Que, se pode estar por toda a parte, não pode estar ao nosso lado;

5º Que, se está ao nosso lado, não pode se comunicar conosco;

6º Que por ser corpo fluídico não pode agir sobre a matéria inerte;

7º Que, se pode agir sobre a matéria inerte, não pode agir sobre um ser animado;

8º Que, se pode agir sobre um ser animado, não pode dirigir sua mão para fazê-lo escrever;

9º Que, podendo fazê-lo escrever, não pode responder às suas perguntas e transmitir-lhe seu pensamento[2].

Dessa forma, nos utilizamos deste espaço para que você, leitor, reflita sobre todos estes questionamentos e procurem provas concretas da impossibilidade da comunicação com os que já se foram. Pois, o Espiritismo traz a evidência pelos fatos que nos aparecem diariamente e a traz, também, pelo raciocínio.

Agora, se ainda assim você não encontrar provas destes fenômenos, pedimos que o nosso raciocínio seja contestado e que o equívoco dos fatos seja evidenciado. 


José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e Advogado




[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. IDE, 87ª Edição, 2008. Cap. I, item 4, p. 12.
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. IDE, 87ª Edição, 2008. Cap. I, item 4, p. 13.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Caridade, A Meta - pelo Espírito Joanna de Ângelis


Joanna de Ângelis

"Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.

Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.

Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.

Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.

Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta.

Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.

Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.

A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.

Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta.

Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.

A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio-econômica, visíveis em toda parte.

Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.

A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;

a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;

a tolerância, em favor dos ofensores;

a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;

a piedade, dirigida ao opressor e déspota;

a oração intercessória, pelo adversário;

a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;

a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinqüência e a loucura...

A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.

Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.

Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.

Caridade, pois, eis a meta".

Bibliografia:

- Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
1a edição. Salvador, BA: LEAL, 1987.