sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Estudando os princípios básicos do Espiritismo

Caros irmãos.
Se vocês puderem observar nas postagens antigas do blog, verão que estamos tratando dos princípios básicos da Doutrina Espírita, quais sejam: Deus, a imortalidade da alma, a comunicabilidade com os Espíritos, a pluralidade dos mundos habitados e a pluralidade das existências.
Nessa toada, já tivemos a publicação de artigos que visam estudar esses princípios como um todo (NUANCES DO ESPIRITISMO) e, em seguida, cada um desses princípios, tais como Deus (POR QUE SOU ATEU) e a pluralidade das existências (A REENCARNAÇÃO).
Mas onde está o porquê deste intróito? 
Esta introdução serve para direcionar os irmãos para o próximo artigo que já foi publicado no blog da Sociedade Espírita Adolfo Bezerra de Menezes, bem como no jornal local, Folha do Sul Gaúcho. Trata-se do artigo que é intitulado "Podemos nos comunicar com os mortos?".
Dessa forma, segue o mesmo abaixo com os votos de bons estudos e um bom final de semana com muita paz de Jesus no coração de todos.



Podemos nos comunicar com os “mortos”?


Qualquer discussão sobre espiritismo deve passar por um tríplice questionamento[1]: “Credes em Deus? Credes ter uma alma? Credes na sobrevivência da alma após a morte?”.

Na hipótese de você responder negativamente, ou mesmo se a sua consciência lhe responder que não sabe ou que não está seguro disso, não prossiga na leitura deste artigo.

Por outro lado, se a sua consciência lhe diz que Deus existe, que temos uma alma e que a alma pode sobreviver ao que chamamos de morte, siga em frente, porque é daí que decorre a existência dos Espíritos.

Agora, leitor, se indague quanto à possibilidade da comunicação dos Espíritos conosco, Espíritos investidos na experiência carnal.

Reflita: um homem livre não pode se comunicar com um homem aprisionado? Parece-me que isso é totalmente possível. Tão possível quanto um Espírito fora da experiência corporal dirigir-se a um Espírito encarnado, eis que o primeiro é totalmente livre para comunicar-se com quem bem entender.

Várias religiões crêem e professam a existência das almas e admitem que elas estejam por toda a parte, tanto que algumas apontam para locais onde elas se encontram após a morte e outras que em seus rituais prestam-se apenas ao afastamento dos seres espirituais e sequer preocupam-se com o encaminhamento destes. Portanto, tendo isto como premissa, não é natural pensar que quem nos amou durante a vida se aproxime de nós e queira conosco comunicar-se?

Agora, se você respondeu as três primeiras questões de modo negativo, ou mesmo qualquer delas, podemos concluir que você não é afeito à questões transcendentais.

Dessa forma, convidamos você, caro leitor, para que se atente para a seguinte inserção: a simples negação da possibilidade de comunicação com os “mortos” não traz prova alguma de que isto não seja perfeitamente possível. Partindo deste princípio, invertemos a nossa posição e pedimos provas peremptórias que a comunicação com os entes que já se foram é impossível. Mas pedimos provas concretas, que por a mais b nos seja evidenciado

1º Que o ser que pensa em nós durante a vida, não deve mais pensar após a morte;

2º Que, se pensa, não deve mais pensar naqueles que amou;

3º Que, se pensa naqueles que amou, não deve mais querer se comunicar com eles;

4º Que, se pode estar por toda a parte, não pode estar ao nosso lado;

5º Que, se está ao nosso lado, não pode se comunicar conosco;

6º Que por ser corpo fluídico não pode agir sobre a matéria inerte;

7º Que, se pode agir sobre a matéria inerte, não pode agir sobre um ser animado;

8º Que, se pode agir sobre um ser animado, não pode dirigir sua mão para fazê-lo escrever;

9º Que, podendo fazê-lo escrever, não pode responder às suas perguntas e transmitir-lhe seu pensamento[2].

Dessa forma, nos utilizamos deste espaço para que você, leitor, reflita sobre todos estes questionamentos e procurem provas concretas da impossibilidade da comunicação com os que já se foram. Pois, o Espiritismo traz a evidência pelos fatos que nos aparecem diariamente e a traz, também, pelo raciocínio.

Agora, se ainda assim você não encontrar provas destes fenômenos, pedimos que o nosso raciocínio seja contestado e que o equívoco dos fatos seja evidenciado. 


José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e Advogado




[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. IDE, 87ª Edição, 2008. Cap. I, item 4, p. 12.
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. IDE, 87ª Edição, 2008. Cap. I, item 4, p. 13.