Individualmente, através das épocas, o
homem sempre buscou seu aprimoramento físico e intelectual. É inegável que o
homem sempre foi talhado para o progresso, individual e coletivo.
No entanto, o homem sempre voltou
seus olhos para o céu, para o divino, para o esotérico. Como se as estrelas do
céu e os deuses pudessem lhe auxiliar no próprio progresso.
Com Jesus, os homens aprenderam que
nós somente podemos esperar pelo progresso se estivermos respeitando a lei do
trabalho. “Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará”. “Pedi e se vos dará;
buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e
quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á”.
Allan Kardec elucida bem a questão do
trabalho e do progresso em O Evangelho Segundo o Espiritismo, vejamos:
“Na infância da Humanidade, o homem
só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de se preservar das
intempéries e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu, a mais do
que outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o
impele à pesquisa dos meios de melhorar sua posição, que o leva às descobertas,
às invenções, ao aperfeiçoamento da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe
proporciona o que lhe falta”.
Ao contrário de outras vertentes
religiosas, o Espiritismo tem uma visão progressista de Humanidade, o que
significa dizer que ele não se indispõe com a Ciência, ele se fundamenta nela.
Até mesmo por isso, ele indica que não esperemos o milagre vir do imponderável.
É nosso dever trabalhar, e, trabalhando, atingiremos os progressos que buscamos
para nós e para a coletividade.
Se Deus houvesse isentado do trabalho
do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado, assim como se o houvesse
isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na
infância, no estado de instinto animal. Por isso, Ele nos disse: “procura e
acharás; trabalha e produzirás”.
“Que ovelha somos? E com semelhante
pergunta, busquemos na disciplina, ante o Cristo de Deus, a nossa posição de
servidores do bem, na certeza de que a humildade conferir-nos-á sintonia com o
Divino Pastor, para que, sublimando e servindo, atinjamos com Ele o aprisco
celeste na imortalidade vitoriosa”. Emmanuel
(Referências: Allan Kardec; O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Cap. 25. Item 02. FEB Editora. p. 299-300. Francisco
Cândido Xavier e Waldo Vieira. Por Espíritos Diversos; O Espírito da Verdade;
Capítulo 74, p. 247)
José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou no dia 01 de maio de 2015 e também pode ser acompanhada pelo portal jornalminuano.com.br.