Dissemos em nossa última coluna que uma das
ocupações do Espiritismo é entender as manifestações dos Espíritos, com isso,
iniciamos o estudo das diferentes naturezas de manifestações dos Espíritos,
segundo a Revista Espírita, editada por Allan Kardec.
A sexta manifestação lá citada, numa
lista que continha seis diferentes espécies de manifestações, estava a que o
Codificador Lionês definiu como comunicações,
ou seja, manifestações inteligentes que têm por objetivo a troca de idéias
entre o homem e os Espíritos.
Entre elas situam-se as comunicações
frívolas, grosseiras, sérias ou instrutivas.
Na própria Revista Espírita
encontramos as respostas para cada uma delas, segundo Allan Kardec, senão
vejamos:
“- Comunicações frívolas: emanam de
Espíritos levianos, zombeteiros e travessos, mais maliciosos que maus, e que
não ligam nenhuma importância ao que dizem.
- Comunicações grosseiras:
traduzem-se por expressões que chocam o decoro. Procedem somente de Espíritos
inferiores ou que se não despojaram ainda de todas as impurezas da matéria.
- Comunicações sérias: são graves
quanto ao assunto e à maneira por que são feitas. A linguagem dos Espíritos
superiores é sempre digna e isenta de qualquer trivialidade. Toda comunicação
que exclui a frivolidade e a grosseria, e que tenha um fim útil, mesmo de
interesse particular, é, por isso mesmo, séria.
- Comunicações instrutivas: são as
comunicações sérias que tem por objetivo principal um ensinamento qualquer,
dado pelos Espíritos sobre as ciências, a moral, a filosofia, etc. São mais ou
menos profundas e mais ou menos verdadeiras, conforme o grau de elevação e
desmaterialização do Espírito”.
É importante a catalogação efetuada
por Allan Kardec com base na observação e prática com os Espíritos, isso porque
desmistifica a ideia de que pelo fato das comunicações partirem de Espíritos
serão sempre instrutivas.
Assim como existem homens sérios e
homens levianos, existem Espíritos sérios e Espíritos levianos. O próprio Allan
Kardec refere que “se é preciso ter experiência para julgar os homens, mais
ainda será necessário para julgar os Espíritos”.
Quanto a isso, por fim, fiquemos com
a lição do Professor Rivail – Allan Kardec: “Somente pela regularidade e
freqüência das comunicações é que se pode apreciar o valor moral e intelectual
dos Espíritos com os quais nos entretemos, assim como o grau de confiança que
merecem”.
(Referências: Allan Kardec. Revista Espírita.
Janeiro de 1858. FEB Editora. p. 29-30).
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 25 e 26 de abril de 2015 e que também pode ser acessado pelo portal www.jornalminuano.com.br.