Na última semana os pensamentos de muitos
estiveram voltados às possíveis manifestações que deverão estender-se por todo
o final de semana.
A situação vivenciada pelo Brasil,
onde há uma flagrante divisão de ideais para o bem estar social, apenas reflete
o estágio que se encontra a Terra enquanto mundo de expiações e provas.
Santo Agostinho, na obra insigne de
Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, relata que “a Terra oferece um
dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando
todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos
rebeldes à Lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a
perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho
que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência”.
Por estarmos num mundo de estágio
inferior, ou seja, onde o mal ainda predomina sobre o bem, precisamos da noite,
para admirarmos a luz assim como carecemos da doença, para apreciarmos a saúde.
Nos mundos superiores, ao contrário, os contrastes são mínimos.
É importante ressaltar a fala de
Allan Kardec quando ressaltou que os mundos felizes não são orbes
privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a
todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais
mundos. Devem partir do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que os outros.
Também, há bastante tempo o médium
Divaldo Pereira Franco vem alardeando o momento em que a Terra irá evoluir e
passar a ser categorizada entre os mundos de regeneração. Santo Agostinho
descreve tais mundos como sendo de transição entre os mundos de expiação e os
mundos felizes. Neles, a alma encontra a calma e o repouso e acaba por
depurar-se. Mesmo ainda se sujeitando às leis da matéria, passa o homem a
libertar-se das paixões desordenadas, o orgulho, da tortura e do ódio.
Ainda assim, como o próprio Divaldo
Franco ressalta, “à meia-noite e um minuto já é alvorada de uma nova era, ainda
que permaneçamos na escuridão completa”. Portanto, nos preparemos para o
momento da transição que já se iniciou. Não haverá mais espaço para o ócio,
para a estagnação. O próprio Santo Agostinho alerta que “não avançar é recuar”.
Se o homem não se houver firmado
bastante na senda do bem, pode recair nos mundo de expiação, onde, então, novas
e mais terríveis provas o aguardam.
No atual momento que vivenciamos na
Terra é bastante claro que a hora da transição já está se dando e, em vista
disso, ao invés de nos entregarmos ao ódio, à desavença, às paixões
desordenadas, já é hora de procurarmos pelo amor ao próximo, pela paz, pela
mansuetude e pela brandura.
Somente assim, trabalhando
incessantemente pela caridade e pelo amor ao próximo, anonimamente, estaremos
não apenas auxiliando no progresso do nosso País, mas estaremos contribuindo
para o amanhecer de uma nova era que é chegada para todo orbe terrestre.
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, entre os dias 14 e 15 de março de 2015 e que também pode ser acompanhada pelo portal jornalminuano.com.br.