Na
última quarta-feira, o programa Conexão Repórter, ancorado pelo jornalista
Roberto Cabrini, no canal SBT, buscou entender para onde vão as moedas e notas
distribuídas pelos semáforos de São Paulo aos artistas de rua.
Restou
evidente que no mês de dezembro os artistas de rua chegam a triplicar seus
ganhos, dado o sentimento natalino que é disseminado entre as pessoas.
Ainda
assim, sempre existem alguns irmãos desavisados que lançam anátemas sobre esse
sentimento, ressaltando que deveria ser assim durante o ano todo e que isso só
se dá pelo peso na consciência que vem à tona nesse período. Ainda que de certa
forma resida alguma razão na consideração, é preciso que não sejamos terrenos
férteis para esse tipo de semente negativa.
Isso
porque, como bem diz o Espírito Emmanuel, “raízes de amargura existirão sempre,
nos corações humanos, aqui e ali, como sementes de plantas inúteis ou venenosas
estarão no seio de qualquer campo”.
No
entanto, assim como afastamos as ervas daninhas para uma colheita mais nobre e
farta, é importante que releguemos ao esquecimento as reminiscências
destruidoras para que não brotem no solo da alma.
Ao
mesmo tempo em que existem indivíduos portadores de amarguras que não se cansam
em disseminar por onde passam, também existem pessoas puras de coração, simples
e humildes e que excluem toda ideia de egoísmo e de orgulho.
Por
isso que Jesus, em sua sabedoria ímpar, fez de emblema dessa pureza, as
crianças ao dizer: “Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o Reino de
Deus como uma criança, nele não entrará. (Marcos, 10:13 a 16)”.
Se
alguém nos causou dano ou se alguém nos feriu, é preciso pensar nos danos e
feridas que teremos causado a outrem, muitas vezes sem perceber. Daí que
precisamos entender os irmãos que maldizem o período natalino, acolhendo-os,
mas sem oferecer guarida às suas ideias.
Se
quisermos adentrar ao Reino de Deus, é preciso que tenhamos o coração puro,
como o de uma criança. Essa lição já foi dada pelo Mestre dos Mestres. E, com a
família reunida pela passagem de mais uma data de natal, ao olharmos para as
nossas crianças, lembremos da mensagem crística e acolhamos a todos, sem
distinção, permitindo, assim, que brote em nossos corações apenas os
sentimentos eternos e duradouros como o amor ao próximo, a humildade e a
caridade.
“Seja
qual for a dor que hajas sofrido, lembra-te de que tudo amanhã será melhor se
não engarrafares fel ou vinagre no coração”. Emmanuel.
(Referências: Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB
Editora. Capítulo 08. Itens 01 e 04. Chico
Xavier e Waldo Viera por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB
Editora. p. 87-88)
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 20 e 21 de dezembro de 2014 e que também pode ser acompanhada jornalminuano.com.br.