O
sincretismo religioso no qual o Brasil está imerso nos permite observar as
diversas vertentes de pensamentos e ações que são expostas no cotidiano. À
época de Jesus não era diferente, apesar de que se sobressaía o judaísmo.
No
entanto, assim como o judaísmo, outras religiões trabalham com o sacrifício
material.
Jesus,
em sua passagem pelo mundo da matéria, disse: “Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos
lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós – deixai a vossa
dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois,
então, voltai a oferecê-la. (Mateus, 5:23 e 24)”
Na
situação citada pelo Cristo resta bastante claro que o sacrifício mais
agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento, que
antes de se apresentar para ser por Ele perdoado, precisa o homem haver
perdoado e reparado o ultraje que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então
sua oferenda será bem-aceita.
Importa
salientar que Jesus tomou o cuidado de materializar o preceito, porque os
judeus ofereciam sacrifícios materiais, o que ocorre até hoje, conforme
explicitado em nosso intróito.
Ressalta
Allan Kardec que “o cristão não oferece
dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o
preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de
ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo
sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão”.
Daí
que Jesus ensina por estas palavras: “Deixai
a vossa oferenda ao altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se
quiserdes ser agradável ao Senhor”.
“Não condene. Ajude ao outro. Cultive a
serenidade. Use os próprios recursos para fazer o bem. Proceda com bondade, sem
exibição de virtude. Seja qual for o problema, faça o melhor que você puder.
Fuja de todo pensamento, palavra, atitude ou gesto que possam agravar as
complicações de alguém. Ouça com paciência e fale amparando. Recorde que você,
amanhã, talvez esteja precisando também de auxílio e, em toda situação
indesejável, mesmo que o próximo demonstre necessidade de reprimenda, observe,
conforme a lição de Jesus, se você está em condições de atirar a pedra”.
André Luiz.
(Referências: Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB Editora. Capítulo 10. Itens 07 e 08. Chico Xavier e Waldo Viera por
Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB Editora. p. 85-86)
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 13 e 14 de dezembro de 2014 e que também pode ser acompanhada pelo jornalminuano.com.br.