“E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha
está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponha as mãos para que sare, e
viva”. (Marcos, cap. 05, versículo 23)
Desde 1734, quando Franz Anton Mesmer
começou o estudo do fenômeno da imposição de mãos como ação terapêutica na
aldeia de Iznang, interior da Alemanha, este tema intriga as pessoas.
Franz Anton Mesmer |
Antes mesmo do Professor Mesmer, o
próprio Mestre Jesus já havia demonstrado o domínio de tal terapêutica, isso
porque conhecia os menores desequilíbrios da Natureza e os recursos para
restaurar a sua harmonia indispensável.
Atualmente, já existem estudos no
âmbito acadêmico que discorrem sobre o tema, mais especificamente na
Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),
os quais dão conta da existência de uma energia liberada pelas mãos e que tem o
poder de curar e pode até prevenir doenças.
O estudo de doutorado do Professor
Ricardo Monezzi, da UNIFESP, comprovou que, por meio da imposição de mãos, é
possível aliviar o estresse, a tensão e os demais sintomas relacionados à
ansiedade e à depressão.
Por sua vez, Allan Kardec publicou em
1868 uma obra intitulada “A Gênese” (cap. 14, item 33), a qual continha o
seguinte: “A ação magnética pode se produzir de várias maneiras, pelo próprio
fluido do magnetizador, pelo fluido dos Espíritos agindo diretamente e sem um
intermediário, sobre um encarnado ou, ainda, pelos fluidos que os Espíritos
despejam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor”.
Allan Kardec |
Os atos do Divino Mestre, nenhum
destituído de significação, foram acompanhados por seus discípulos ao longo dos
anos, sendo que os próprios apóstolos passaram a impor as mãos fraternas em
nome do Senhor e assim tornaram-se instrumentos de Divina Misericórdia.
Atualmente, temos de novo o movimento
socorrista do plano invisível através da prática Espírita de impor as mãos,
agora não apenas respaldados pelo exemplo de Jesus e pela obra kardequiana, mas
pelos estudos do Professor Mesmer e pelas recentes descobertas dos estudos
científicos.
Ainda assim, seria uma pretensão dos
novos discípulos esperar resultados tão belos quanto os obtidos por Jesus, mas
o Mestre sabe que não podemos desprezar suas lições, continuando a sua obra de
amor, através das mãos fraternas.
Por outro lado, não podemos nos
esquecer da lição deixada pelo Espírito Emmanuel através da obra de Francisco
Cândido Xavier no livro Caminho, Verdade e Vida (item 153):
“Onde exista sincera atitude mental
do bem, pode estender-se o serviço providencial de Jesus. Não importa a fórmula
exterior. Cumpre-nos reconhecer que o bem pode e deve ser ministrado em seu
nome”.
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada no Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 08 e 09 de junho e que também pode ser acompanhado pelo link http://www.jornalminuano.com.br/noticia.php?id=88263&data=08/06/2013&ok=1.