sexta-feira, 20 de julho de 2012

EVOLUÍMOS COM A NOSSA MORADA

      
       Atualmente, vivemos em um planeta que apresenta condições predispostas a proliferação de todo o tipo de vida. Entre os mais variados descobertos pela ciência, temos os seres humanos, animais, vegetais etc. Porém, a história nos mostra que nem sempre foi assim.

  Levando em consideração para esta reflexão apenas o Planeta Terra, verificamos a hostilidade que ele já apresentou para o desenvolvimento e evolução de qualquer tipo de vida, ao passo que no decorrer dos anos ele foi avançando até o ponto que a encontramos na presente encarnação.

  Paralelamente, podemos observar que os habitantes do Planeta Azul também evoluíram juntamente com a sua morada, basta que observemos as chamadas "eras perdidas", como a jurássica.

  Hoje, o Planeta Terra transborda vida através da natureza.
 
  Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de autoria de Allan Kardec (pág. 43), Santo Agostinho assevera que "o progresso é uma das leis da Natureza; todos os seres da Criação, animados e inanimados, a ele estão submetido pela bondade de Deus, que quer que tudo engrandeça e prospere. A própria destruição, que parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa alguma se torna em nada".

  Com a nossa visão ainda muito distorcida, deturpada, embaçada, não conseguimos visualizar saída para situações extremas que somos obrigados a enfrentar durante a nossa encarnação como um problema financeiro, uma doença ou até mesmo a morte.

  Tal e qual uma criança que ainda não entende o porquê dos seus pais não lhe permitirem fazer tudo o que deseja, embasados em sua sabedoria adquirida através da experiência, revoltamo-nos com o Criador e entregamo-nos à lamentação e à depressão, mal do século XXI.

  Observando a nossa atual morada conseguimos extrair o conhecimento necessário para entender que tudo passa. Já atravessamos eras de hostilidade, onde nada vingava do solo ou do mar. Porém, com o passar dos anos formou-se um ambiente aprazível, com condições muito favoráveis para milhares de espécies descobertas pela Ciência até os dias hoje.

  O Espírito André Luiz, por intermédio da mediunidade de Francisco Cândido Xavier reproduzida na obra "O Espírito da Verdade" editado pela FEB Editora (pág. 41), convida-nos a refletir sobre a questão em apreço:

  "(...) Na natureza tudo pede compreensão e respeito. O deserto é o cadáver do mar. Há sabedoria em todas as coisas. Embora sem tato, a trepadeira sabe encontrar apoio; não obstante sem visão, o girassol sempre descobre o astro rei. (...) Se o cume mais alto recebe a chuva em primeiro lugar, o vale mais baixo recolhe, ao fim, a maior parte da água. Para revelar-se, o bem não exige trombeta. Conquanto invisível, a onda de perfume, muita vez, nutre e refaz. No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura. A escarpa de hoje será planície de amanhã".

  Assim como a Terra, nós também já estivemos em condições morais inferiores a que nos encontramos nos dias de hoje, por isso mesmo, devemos estar conscientes que tudo na vida passa, aquilo que julgamos ruim e aquilo que julgamos bom, segundo a nossa experiência.

  Se hoje a prova extrema nos assola, amanhã poderemos e, obrigatoriamente, estaremos em paz, porque a evolução é uma Lei Universal, concebida por Deus.

  Como menciona Santo Agostinho, na mesma obra citada, "a Terra atingiu um dos seus períodos de transformação, em que, de mundo expiatório, tornar-se-á mundo regenerador; então, os homens serão felizes, porque a lei de Deus nela reinará". 

José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e Advogado