“Tende
paz entre vós.” – Paulo (I Tessalonicenses, 5:13)
Na última quinta-feira, mais
precisamente em 05 de dezembro, desencarnou um dos maiores líderes
pacificadores da sociedade terrena moderna: Nelson Mandela.
Nelson Mandela foi advogado,
presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante
líder da África Negra e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993.
Até 2009, havia dedicado 67 anos de
sua vida a serviço da humanidade, como advogado dos direitos humanos e
prisioneiro de consciência, até tornar-se o primeiro presidente da África do
Sul livre, razão pela qual, em sua homenagem, a Organização das Nações Unidas
instituiu o “Dia Internacional Nelson Mandela”, no dia de seu nascimento (18 de
julho), como forma de valorizar em todo o mundo a luta pela liberdade, pela
justiça e pela democracia.
Ele foi o mais poderoso símbolo de
resistência não-violenta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema
racista oficializado em 1948. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da
Assembleia Geral das Nações Unidas, “um dos maiores líderes morais e políticos
de nosso tempo”.
Na semana do passamento deste líder
pacifista não podíamos deixar de tecer algumas reflexões sobre a paz. Em O
Evangelho Segundo o Espiritismo consta-nos que “o dever é obrigação moral,
diante de si mesmo primeiro e dos outros em seguida”. Dessa forma, o caminho da
paz deve ser cumprido diante de nós mesmos, em primeiro lugar, diante da nossa
família, do nosso trabalho e, posteriormente, do mundo.
O médium Francisco Cândido Xavier por
diversas vezes manifestou-se sobre a paz e ele dizia com clareza: “a paz em nós
não resulta de circunstâncias externas e, sim, da nossa tranqüilidade de
consciência no dever cumprido”. No entanto, o Espírito Amigo Emmanuel alerta:
“Há muita gente que busca a paz; raras pessoas, porém, tentam segui-la”.
Nesse sentido, foi colocada na página
oficial de Nelson Mandela no site de relacionamentos “facebook.com” uma
mensagem de sua autoria de 1996, quando disse: “A morte é inevitável. Quando um
homem fez o que considera seu dever para com seu povo e seu país, pode
descansar em paz. Acredito ter feito esse esforço, e é por isso, então, que
dormirei pela eternidade”.
Que realmente este líder missionário
que lutou sem armas contra todo um regime segregacionista racista inspire-nos a
alimentar-nos da paz. Que possamos cumprir com os nossos deveres com os outros
e com nós mesmos, auxiliando para que o nosso Planeta seja um mundo de
bem-aventuranças no entorno da paz de Jesus Cristo.
“Usemos para com os outros o alimento
da paz, porque, estendendo paz aos outros, asseguramos paz a nós mesmos. E, com
a paz, conseguiremos possuir espaço e tempo terrestres, em dimensões maiores,
para que aprendamos e possamos, realmente, servir”. (Espírito Hilário Silva.
Médium Chico Xavier. O Espírito da Verdade. Editora FEB. p. 62)
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
Comente:
josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano que circulou em Bagé/RS e região entre os dias 07 e 08 de dezembro de 2013.