Quando observamos as maiores decisões que são
tomadas em nosso País, Estado ou Município, no âmbito dos três poderes,
Executivo, Legislativo ou Judiciário, constatamos que não existe a
possibilidade do indivíduo deixar de se posicionar entre o bem e o mal, entre o
probo e o ímprobo.
Acompanhando a decisão dos embargos
que pleiteiam um novo julgamento dos indivíduos rotulados popularmente de
“mensaleiros”, resta bastante claro, através dos votos dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, qual deles se posicionou ao lado do bem, do correto, e qual
deles se posicionou antonimamente.
Jesus Cristo, segundo o Apóstolo
Lucas (11:23), incisivamente proferiu as seguintes palavras: “Quem não é comigo
é contra mim”.
Dessa forma, resta cristalino que
entre o bem e o mal não existe neutralidade. Não há miscibilidade ou transição
entre a verdade e a mentira. Ou o indivíduo se esconde nas sombras ou se revela
na luz.
Inclusive, segundo o Espírito
Emmanuel, na obra O Espírito da Verdade, “quem não edifica o bem, só por essa
omissão já está forjando o mal, em forma de negligência. Quem foge à realidade
cairá inevitavelmente no engano de consequências imprevisíveis”.
No entanto, por vivermos em uma
coletividade, faz-se mister que consideremos cada posição individualmente, para
não cometermos o desatino de encarcerarmos a própria conduta em opiniões
inamovíveis.
Diante disso, surge como necessidade
mais urgente para nossas almas o culto incessante à caridade pura, sem qualquer
condição. Quem estiver dissociado dessa realidade, afasta-se frontalmente do
apostolado do Rabi.
O Espírito Emmanuel aconselha-nos que
“para assegurar-nos a firme atitude na senda reta, trazemos dentro de nós a
consciência, à feição de porta-voz do roteiro exato. Nos mínimos sucessos de
cada dia, define-te, pois, com clareza, para que te não abandones à neblina dos
vales de indecisão”.
Enfim, ou estacionamos no mal ou
ascendemos ao bem. Com Jesus ou distante dele. O que significa que estaremos ao
lado do Cristo, desprezando as supostas facilidades que nos são oferecidas
agora, mas que gerarão, mais tarde, dificuldades reais, ou abraçando, desde já,
a cruz do caminho, que, amanhã, conferir-nos-á a verdadeira luz.
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
Comente:
josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 14 e 15 de setembro de 2013.