Muitos já disseram que o mundo é como um
espelho e acaba devolvendo a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos
e ações. E tal assertiva não está incorreta, bem ao contrário, encontra sua
veracidade na lei geral que rege o Universo.
Podemos agir como bem quisermos,
afinal, somos criaturas que recebemos uma das maiores prerrogativas da criação:
o livre arbítrio.
É-nos facultada tanto a lamentação
como a boa vontade. No âmbito desse dilema, temos a escolha de viver todos os
dias de nossa vida dizendo que a casa onde residimos é uma trama de sofrimento
pela incompreensão dos familiares que nos ignoram os ideais, contudo, dessa
forma, esqueceremos que servindo com paciência e bondade, ajudando a cada um
sem reclamar retribuição, embora pouco a pouco, passarão todos eles a conhecer
os nossos princípios, através de nossos próprios atos, onde o nosso lar se
converterá em ninho de bênçãos inigualáveis.
De igual forma, podemos dizer que a ingratidão
está presente em nosso campo de trabalho, o tornando um local de suplício a que
somos obrigados a nos dirigir diariamente. Por outro lado, assim agindo,
olvidaremos que nos consagrando ao próprio dever, com humildade e tolerância,
observaremos que o nosso exemplo granjeará o respeito e o carinho dos outros,
transformando-nos a tarefa em manancial de alegria.
Também, é extremamente fácil dizer
que não temos mais fé, ante aqueles que ensinam a virtude sem praticá-la; no
entanto, se quisermos, cumpriremos com tanto devotamento as nossas próprias
obrigações, que a fé brilhará em nosso coração, por fonte de júbilo
intransferível.
Não devemos nos queixar em situação
alguma, dado que, obrigatoriamente, colheremos aquilo que plantarmos.
Nas palavras de Allan Kardec “pedi a luz que vos clareie o caminho e ela
vos será dada; pedi força para resistirdes ao mal e as terei; pedi a
assistências dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de
Tobias, vos guiarão (...); mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor;
apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados
às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso
orgulho”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 25, item 05, FEB
Editora)
O Espírito André Luiz, através da mediunidade
de Chico Xavier, lembra-nos que “a vida e
o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer
angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção ou com a
experiência da sombra, como você quiser”. (O Espírito de Verdade, cap. 95,
FEB Editora)
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, na edição que circulou entre os dias 03 e 04 de agosto de 2013.