segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Á DESCOBERTO*

Dias atrás estivemos observando a atuação de uma médica no exame de um recém-nascido e podemos vislumbrar sua destreza no manuseio de um instrumento comum em sua profissão denominado estetoscópio.
            
A ação fez com que refletíssemos como pode, aquele instrumento, auscultar a intimidade de um corpo físico tão pequenino? Na mesma linha, como pode, também, alguns pesquisadores avançarem tanto nos pormenores da vida microscópica?
            
A humanidade avança em grandes descobertas do patrimônio intelectual, isso é inegável. Também é inegável que vivemos a era da informação graças ao advento da internet. Elemento capaz de colocar-nos, em tempo real, frente a frente com alguém do outro lado do planeta.
            
No entanto, na mesma medida que avançamos na descoberta do desconhecido podemos observar o quanto ainda tempos por conhecer.
            
Jesus, numa de suas muitas lições, disse: “ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. (Lucas, 8: 16 e 17)
            
Da mesma forma que podemos lançar luz no conhecimento de mundos microscópicos, essa mesma luz poderá ser lançada sobre o nosso campo de ação, ou seja, podemos dizer que nenhum ato do nosso caminho, nenhuma escolha efetuada, restará oculto ou desconhecido. Mais cedo ou mais tarde deverá ser lançada a luz e ele virá à tona.
            
Por estarmos na era da informação, conforme já observamos, deparamo-nos com os atos mais obscuros sendo revelados. As bases estruturais de muitas instituições têm sido, justamente por isso, estremecidas.
            
Dessa forma, nada mais justo que recordarmo-nos quando o Mestre nos fala, “nada há secreto que não haja de ser descoberto”.
            
Enfim, fiquemos com as palavras do Mestre e a lição de Emmanuel que, assim, exorta-nos:
            
“Recordemos, assim, o ensinamento vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimentos, na soledade ou na sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz”. Emmanuel
        
(Referências: Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB Editora. Capítulo 24. Item 02. Chico Xavier e Waldo Viera por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB Editora. p. 122-123).

           
José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense

Comente: josearturmaruri@hotmail.com

*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 11 e 12 de abril de 2015 e que também pode ser acompanhado pelo portal jornalminuano.com.br.