Dias atrás estivemos observando a atuação de
uma médica no exame de um recém-nascido e podemos vislumbrar sua destreza no
manuseio de um instrumento comum em sua profissão denominado estetoscópio.
A ação fez com que refletíssemos como
pode, aquele instrumento, auscultar a intimidade de um corpo físico tão
pequenino? Na mesma linha, como pode, também, alguns pesquisadores avançarem tanto
nos pormenores da vida microscópica?
A humanidade avança em grandes
descobertas do patrimônio intelectual, isso é inegável. Também é inegável que vivemos
a era da informação graças ao advento da internet. Elemento capaz de
colocar-nos, em tempo real, frente a frente com alguém do outro lado do
planeta.
No entanto, na mesma medida que
avançamos na descoberta do desconhecido podemos observar o quanto ainda tempos
por conhecer.
Jesus, numa de suas muitas lições,
disse: “ninguém há que, depois de ter
acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na
sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto
que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e
de aparecer publicamente. (Lucas, 8: 16 e 17)”
Da mesma forma que podemos lançar luz
no conhecimento de mundos microscópicos, essa mesma luz poderá ser lançada
sobre o nosso campo de ação, ou seja, podemos dizer que nenhum ato do nosso
caminho, nenhuma escolha efetuada, restará oculto ou desconhecido. Mais cedo ou
mais tarde deverá ser lançada a luz e ele virá à tona.
Por estarmos na era da informação,
conforme já observamos, deparamo-nos com os atos mais obscuros sendo revelados.
As bases estruturais de muitas instituições têm sido, justamente por isso,
estremecidas.
Dessa forma, nada mais justo que
recordarmo-nos quando o Mestre nos fala, “nada há secreto que não haja de ser
descoberto”.
Enfim, fiquemos com as palavras do
Mestre e a lição de Emmanuel que, assim, exorta-nos:
“Recordemos, assim, o ensinamento
vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à
frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimentos, na soledade ou na
sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz”. Emmanuel
(Referências:
Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB Editora. Capítulo 24. Item
02. Chico Xavier e Waldo Viera por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade.
FEB Editora. p. 122-123).
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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josearturmaruri@hotmail.com
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 11 e 12 de abril de 2015 e que também pode ser acompanhado pelo portal jornalminuano.com.br.