André Luiz |
“Seja onde for, não
afirme: - Detesto esse lugar!
Cada
criatura vive na terra dos seus credores.
Ouvindo
a frase infeliz, não grite: - É um desaforo!
Invigilância
alheia pede a nossa vigilância maior.
Atravessando
a madureza, não se lamente: - Já estou cansado.
Sintoma
de exaustão, vontade enferma.
Sentindo
a mocidade, não assevere: - Preciso gozar a vida!
Romagem
terrestre não é excursão turística.
À
frente do amigo endividado, não ameace: - Hoje ou nunca!
Agora
alguém se compromete, amanhã seremos nós.
Ao
companheiro menos categorizado, não ordene: - Faça isso!
Indelicadeza
no trabalho, ditadura ridícula.
Perante
o doente, não exclame: - Pobre coitado!
Compaixão
desatenta, crueldade indireta.
Ao
vizinho faltoso, nunca diga: - Dispenso-lhe a amizade.
Todos
somos interdependentes.
Sob
o clima da provação, não se queixe: - Não suporto mais!
O
fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
No
cumprimento do dever, não clame: - Estou sozinho.
Ninguém
vive desamparado.
Colhido
pelo desapontamento, não reclame: - Que azar!
A
Lei Divina não chancela imprevistos.
À
face do ideal, não se lastime: - Ninguém me ajuda.
No
Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo”.
Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Chico
Xavier e Waldo Viera por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB
Editora. p. 93-95)
*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 03 e 04 de janeiro de 2015 e que também pode ser acompanhada pelo jornalminuano.com.br.