quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

QUE O AMOR REINE NESTE NATAL*


Fazei aos homens tudo o que quereis que eles vos façam; porque é a lei e os profetas. (São Mateus, cap. 07, v. 12)

O período natalino causa diversos sensações e sentimentos nas pessoas. Algumas agem em conformidade com o consumismo exacerbado, outras se tornam mais solidárias. E sempre tem aqueles indiferentes a tudo. Mas certo é que o natal apenas potencializa aquilo que a pessoa já possui, em maior ou menor escala.

A aceleração do tempo, causada pelo advento das diversas tecnologias que tomam conta de todas as frentes de trabalho, acaba por tornar as pessoas descuidadas umas com as outras. O ser humano esquece o ano inteiro de auxiliar quem precisa e, no final do ano, ao rememorar aquilo que fez e deixou de fazer em meio à “correria” a que está submetido, lembra de ser solidário, de ser caridoso, lembra que possui sentimentos. Há, por outro lado, os que preferem apenas as sensações causadas pela aquisição dos bens materiais.

Segundo o Espírito Lázaro, em comunicação publicada pelo Evangelho Segundo o Espiritismo (IDE Editora, pag. 111) “no seu início o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido só tem sensações; mais instruído e purificado tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas”.

Mas fiquemos tranquilos, o amor é uma essência divina colocada pelo próprio Criador no fundo dos nossos corações. Todos nós possuímos. E a prova disso é que o homem mais vil, mais abominável, tem por um ser ou até mesmo por um objeto qualquer, uma afeição viva e ardente à prova de tudo que possa diminuí-la e que, muitas vezes, atinge proporções sublimes.

Como dito, a lembrança do nascimento de Jesus Cristo e das suas lições de amor ao próximo, simbolizada pelo natal, apenas faz com que aflore nas pessoas o sentimento de amor que todos possuímos, mesmo que em estado latente.

E não existe sobre a Terra lição maior de amor do que aquela prescrita por Jesus quando foi interrogado por um fariseu, doutor da lei, tentando-o: “Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda vossa alma e de todo vosso espírito; é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante àquele: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos”. (São Mateus, cap. XXII, v. 34 a 40).

Dessa forma, que possamos amar o nosso próximo como a nós mesmos não apenas neste natal que se aproxima, mas todos os dias do ano. Amando-o e respeitando-o como gostaríamos que fôssemos respeitados. Aos que já amam, que possam amar mais, mas no sentido profundo da palavra, sendo mais leais, probos, conscienciosos, abrandando as dores de todos os irmãos que se acercarem, afinal, é nosso dever encarar a grande família humana como sendo a nossa.

Nessa hora, como bem disse Kardec, não haverá mais nem ódios, nem dissenções, mas união, concórdia e benevolência mútua. 

José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense
Comente: josearturmaruri@hotmail.com 

*Artigo publicado pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, na edição do dia 22 de dezembro de 2012 e que também pode ser lido pelo link http://jornalminuano.com.br/noticia.php?id=82619.