Bagé destaca-se perante o cenário nacional
por ser uma cidade em que as associações de auxílio mútuo são bastante
operantes. Basta que se observem os relevantes serviços prestados por clubes de
serviços como os Rotarys e os Lions.
Também, assim como os citados acima,
muitas pessoas dedicam-se ao bem ou em entidades reconhecidas ou anonimamente,
levando ao pé da letra aquela lição de Jesus: “Não saiba vossa mãe esquerda o
que oferece a direita”.
É nesse sentido que convidamos o
leitor desta edição especial pelo final de semana prolongado a refletir em uma
das lições oferecidas pelo Espírito Emmanuel em psicografia de Francisco
Cândido Xavier reproduzida na obra O Espírito da Verdade, a qual segue na
íntegra logo abaixo:
“Não saiba vossa mão esquerda o que
oferece a direita” é a lição de Jesus que constantemente nos sugere a
sementeira do bem oculto.
Entretanto, é preciso lembrar que, se
‘nem só de pão vive o homem’, não se alimenta a virtude tão-somente de recursos
materiais.
Acima do benefício que se esconde
para ser mais seguro no campo físico, de modo a que se não firam corpos doentes
e bocas famintas pelos acúleos da ostentação, prevalece o amparo mudo às
necessidades do sentimento, na esfera do Espírito, a fim de que os tóxicos da
maldade e os desastres do escândalo não arrasem experiências preciosas com o
fogo da imprevidência.
Se percebeste no companheiro as
escamas do orgulho ou da rebeldia, envolve-o no clima da humildade,
socorrendo-lhe a sede imanifesta de auxílio, e se presenciaste a queda de
alguém, no caminho em que jornadeias, alonga-lhe os braços de irmão, para que
se levante, sem exagerar-lhe os desajustes com a referência insensata.
Se um amigo aparece errado aos teus
olhos, cala o verbo contundente da crítica, ajudando-o com a bênção da prece, e
se o próximo surge desorientado e infeliz, em teus passos, oferta-lhe o favor
do silêncio, para que se reequilibre e restaure.
Não vale encarecer cicatrizes e
imperfeições, a pretexto de apagá-las no corpo da horas, porquanto leve chaga,
tratada com desamor, é sempre ferida a cronicificar-se no tempo.
Distribui, desse modo, a beneficência
do agasalho e do pão, evitando humilhar quem te recolhe os gestos de
providência e carinho; contudo, não olvides estender a caridade do pensamento e
da língua, para que o bálsamo do perdão anule o veneno do ódio, e para que a
força do esquecimento extinga as sombras de todo mal”.
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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