“Entrai pela porta estreita, porque larga é a
porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que
por ela entram. Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que ela
conduz! e quão poucos a encontram! (Mateus, 7:13 e 14)”.
Atualmente,
a humanidade tem vivenciado um período bastante pessimista. Não somente pela
possível disseminação do vírus ebola que vem sendo alardeada pela grande
imprensa mundial, como também pela maciça onda de ações que tem como único mote
a sobreposição do materialismo e do ceticismo em detrimento da cultura
religiosa, sempre preservada em nosso País.
O
momento de transição planetária que a população mundial vivencia nos dias
atuais é bastante claro e, com isso, as responsabilidades assumidas agora farão
a diferença em nosso futuro.
Como
bem disse o “Espírito Emmnuel”, “sem
dúvida, a porta estreita e a porta larga pertencem à muralha do tempo, situada
à frente de todos nós”.
O
benfeitor espiritual relata, com sapiência, que a porta estreita revela o
acerto espiritual que nos permite marchar na senda evolutiva, com o justo
aproveitamento das horas. Por outro lado, a porta larga nos expressa o
desequilíbrio interior, com que somos forçados à dor da reparação, com
lastimáveis perdas de tempo.
Querendo ou não, o indivíduo está
sendo convidado, compulsoriamente, para a travessia da porta e, como já
dissemos, o momento atual é de escolha da porta, estreita ou larga.
Allan
Kardec, o codificador lionês, por sua vez, diz o seguinte: “Larga é a porta da perdição, porque são
numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal.
É estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o
homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que
poucos se resignam”.
É
importante, portanto, que examinemos questões outras que deixem de lado um
materialismo cruel que apenas nos afasta do amor e da caridade para com o
próximo mais necessitado. Procuremos entender sobre a anterioridade da alma e a
pluralidade dos mundos para que nossos horizontes possam ser alargados.
Abandonemos conceitos obsoletos, como a unicidade da existência que deixa o
homem em contradição consigo mesmo e com a Justiça de Deus.
Com
as luzes trazidas pelo Espiritismo os pontos mais obscuros da fé são
iluminados; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só
então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria
das máximas do Cristo.
O
chamamento foi feito. Os Espíritos estão anunciando a era nova. A hora é agora.
Entremos pela porta estreita que nos remete à saída do erro e à entrada na
renovação ou, pela porta larga, que apenas nos levará à entrada na ilusão e à
saída pelo reajuste.
“Por milênios, temos sido viajores do tempo a
ir e vir pela porta larga, nos círculos de viciação que forjamos para nós
mesmos, engodados na autoridade transitória e na posse amoedada, na beleza
física e na egolatria aviltante.
Renovemo-nos, pois, em Cristo,
seguindo-o, nas abençoadas lições da porta estreita, a bendizer os empecilhos
da marcha, conservando alegria e esperança na conversão do tempo em dádivas da
Felicidade Maior”. Emmanuel.
(Referências: Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB Editora. Capítulo 18. Itens 03 e 05. Chico Xavier e Waldo Viera por
Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB Editora. p. 57-59.)
José
Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador
da União Espírita Bageense
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*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 18 e 19 de outubro de 2014 e que também pode ser acompanhada pelo jornalminuano.com.br.