sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O AMOR COMO SOLUÇÃO*



Divaldo Pereira Franco
“... Então, este é o momento!
            
É o momento em que algo especial desce à Terra.
             
É o grande momento em que a psicosfera do nosso planeta se torna rarefeita e miríades de seres espirituais que nos amam emboscam-se na indumentária carnal para a grande transição planetária, que já está ocorrendo.
             
Tende tento! Jesus espera, filhas e filhos da alma. A decisão de segui-lO é vossa.
              
Ele nunca se impõe.
             
A Sua doutrina foi exposta através dos Seus atos.
             
Reflexionai um pouco.
             
Diminuí esta fuga para o consumismo, para o individualismo, para o sexismo, para a drogadição. E fazei o silêncio da alma com uma interrogação: - Que queres (Jesus) que eu faça?
            
 E com toda a certeza, esses Embaixadores do Seu reino, alguns dos quais em processo de reencarnação e outros, acercando-se do planeta sofrido, dir-vos-ão: - Amai! Tornai-vos uma sentinela de luz na grande noite para diminuir-lhe a escuridão!
             
Antes de vos reencarnardes, muitos de vós firmastes um documento de fidelidade ao Amor, para que abraçásseis a infância desvalida, a velhice ao abandono, a enfermidade ao desalinho, a miséria moral, geradora de todas as expressões em que nós a vemos nas máscaras do sofrimento.
            
 Não aguardeis o amanhã! Agora é o vosso momento de autoiluminação.
 
Pensai: e se o anjo da morte acercar-se-me e, suave e docemente, envolver-me no seu abraço de ternura final, como despertarei no Mais Além?
            
 E vivei de tal forma que, esta ocorrência quando se der, despertareis na ternura inefável dos afetos que vos anteciparam, escutando as vozes celestiais em um hinário de beleza incomum, agradecendo à Terra, nossa mãe generosa transitória, pela oportunidade de desenvolver o Cristo interno que jaz em todos nós e que germinando, transformou-se na árvore frondosa da caridade.
             
Ide! Como Jesus recomendou aos setenta, setenta e dois da Galileia e pregai pelo exemplo.
             
Introjetai a palavra do Rabi nas paisagens profundas da alma, para que todos O vejam nos vossos atos, para que O escutem pela vossa voz, para que recebam o carinho pelos vossos abraços e para que se sintam por Ele amados através do vosso incomparável amor.
             
O Amor deve ser exercitado. Iniciai-o na intimidade dos afetos profundos até chegardes àqueles que se vos constituíram adversários, amando-os também.
             
Ide! E cantai a glória do mundo melhor porque amanhece dia novo. É o mundo de regeneração que se anuncia, quando a dor fugirá envergonhada da Terra e o Reino dos Céus se estabelecer.
             
Muita paz, meus filhos, filhas da alma.
 
Ide em paz!
             
São os votos dos vossos amigos espirituais aqui conosco, através do servidor humílimo e paternal de sempre,
            
 Bezerra.”
             
(Mensagem recebida pela psicofonia do médium Divaldo Pereira Franco, em 28/09/2014, no encerramento da palestra na Instituição Educacional Amélia Rodrigues, em Santo André/SP. Revisada pelo autor espiritual, Dr. Bezerra de Menezes, através do médium Divaldo Pereira Franco)

*Coluna publica pelo Jornal Minuano, em Bagé, entre os dias 04 e 05 de outubro de 2014 e que também pode ser acompanhada pelo jornalminuano.com.br.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

MEDIUNIDADE GRATUITA*


André Luiz

A obra “O Espírito de Verdade” traz em seu quinto item uma mensagem de autoria do “Espírito André Luiz”, onde ele, com sua maestria peculiar, enumera o chamado Decálogo para Médiuns. Vejamos: 1) Rende culto ao dever; 2) Trabalha espontaneamente; 3) Não te creias maior ou menor; 4) Não esperes recompensas no mundo; 5) Não centralizes a ação; 6) Não te encarceres na dúvida; 7) Estuda sempre; 8) Não te irrites; 9) Desculpa incessantemente; e 10) Não temas perseguidores.
             
Todas as instruções citadas por André Luiz são importantes. No entanto, separamos a quarta para trabalharmos mais detidamente, justamente por ser a geradora de maiores embates.
             
A mediunidade, como qualquer dádiva do Senhor, não tem preço na Terra.
             
Todas as pessoas trazem consigo a semente da mediunidade, independentemente de ser ateu ou pertencer a esta ou aquela religião ou seita. É uma faculdade inerente ao ser humano como a audição ou a visão, por exemplo. Ocorre que algumas pessoas têm o dom tão desenvolvido que se tornam intérpretes dos Espíritos.
             
A edição de maio de 2008 da Revista Superinteressante, Editora Abril, trouxe uma reportagem especial sobre os médiuns e, especificamente, um caso envolvendo Noreen Reiner, ocorrido em 1993, na Flórida. A médium Noreen, na oportunidade, recebeu o investigador de polícia Joe Uribe, que trabalhava no assassinato de um auditor fiscal, morto quatro anos antes.
            
Noreen pegou o cinto e o relógio que a vítima usava quando morreu e fechou os olhos. De repente, começou a convulsionar, em uma espécie de transe, e falou: “Estão batendo em mim, estou muito machucado, acho que atiraram na minha nuca”. Quando voltou a si, ela sabia descrever com detalhes o rosto do assassino, o de sua mulher, o local da morte e o esconderijo da arma do crime. O investigador, apesar de cético, reconheceu que ela tinha acertado até o último detalhe. O culpado, Eugene Moore, confessou o crime e só não acabou atrás das grades porque foi morto enquanto tentava fugir da polícia.
             
Entretanto, como bem asseverou André Luiz, não deve o médium esperar recompensas no mundo e este é o ponto nevrálgico. O médium, aquele que recebeu de Deus a dádiva de ser intérprete dos Espíritos, assim o recebeu para a instrução dos homens, para mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé, e não para vender-lhes palavras que não lhe pertencem, porque não são o produto de sua concepção, de suas pesquisas ou de seu trabalho pessoal.
             
Como bem relatado por Allan Kardec “Deus quer que a luz alcance a todos; não quer que o mais pobre dela seja deserdado e possa dizer: eu não tenho fé porque não pude pagá-la; não tive a consolação de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição daqueles por quem choro, porque sou pobre. Eis porque a mediunidade não é um privilégio, e se encontra por toda a parte; fazê-la pagar seria, pois, desviá-la da sua finalidade providencial”.  

(Referências: Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. IDE Editora. Capítulo 26. item 07. p. 227. Chico Xavier e Waldo Viera por Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. FEB Editora. p. 27-29. Revista Superinteressante. Maio de 2008. http://super.abril.com.br/religiao/mediuns-447506.shtml).       

José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense
Comente: josearturmaruri@hotmail.com

*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 27 e 28 de setembro de 2014 e também pode ser acompanhada pelo link jornalminuano.com.br.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

PARABÉNS À LOJA MAÇÔNICA AMIZADE Nº 142*

Fachada da Loja Maçônica Amizade, em Bagé/RS

A presente semana foi marcada pelo aniversário de uma instituição que se confunde facilmente com a história bajeense. Trata-se da Loja Maçônica Amizade nº 142 que completou 120 anos no último dia 05, recebendo um merecido editorial do Jornal Minuano na edição de segunda-feira. O próprio jornal cobriu a Sessão Magna Pública que se realizou na sede da “Loja Amizade”.
             
A Revista Espírita, editada por Allan Kardec, amigo de maçons eminentes, trouxe algumas comunicações mediúnicas, obtidas em trabalhos da Sociedade Espírita de Paris, no dia 25 de fevereiro de 1864, numa publicação denominada “O Espiritismo e a Franco-Maçonaria”.
             
Jaques Demolay
Numa delas, o “Espírito Jaques de Molé” ressalta a importância da Ordem Maçônica: “As instituições maçônicas foram para a sociedade um encaminhamento à felicidade. Numa época em que toda ideia liberal era considerada um crime, os homens precisavam de uma força que, embora inteiramente submissa às leis, não fosse menos emancipada por suas crenças, por suas instituições e pela unidade de seu ensino. Nessa época, a religião ainda era, não uma mãe consoladora, mas uma força despótica que, pela voz de seus ministros, ordenava, feria, fazia tudo se curvar à sua vontade. (...) Unidos pelo coração, pela fortuna e pela caridade, nossos templos foram os únicos altares onde não se havia desconhecido o verdadeiro Deus, onde o homem ainda podia dizer-se homem, onde a criança podia esperar encontrar, mais tarde, um protetor, e o abandonado, amigos. (...) No século dezenove vem o Espiritismo, com o seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aos rosa-cruzes, e com voz trovejante lhes grita: Vamos meus irmãos; eu sou verdadeiramente a voz que se faz ouvir no Oriente e à qual o Ocidente responde, dizendo: Glória, honra, vitória aos filhos dos homens”.
             
Os festejos da querida “Amizade”, na última terça-feira, fez com que nos lembrássemos, ainda saudosos, do ano de 1791, quando na Loja Maçônica “As Nove Irmãs”, em Paris, celebrou-se um acontecimento de alto relevo.
             
A França libertava-se do talante dos Bourbons e a Revolução de 89 havia ensejado a Declaração dos Direitos Humanos. A criatura adquirira a honra da igualdade, da liberdade, da fraternidade, e a Maçonaria que sempre fora pioneira nesses ideais de engrandecimento humano, recebia na sua casa um dos homens mais notáveis do século, tratava-se de Voltaire, um dos pais da enciclopédia.
             
No momento em que a palavra lhe foi delegada, porque ele recebia a iniciação no grau 33, o admirável Marie Arouet, erguendo a sua voz, ainda clara, declarou a razão porque se tornara discípulo da ordem.
             
É necessário abrir um parêntesis para que tenhamos a ideia de magnitude do evento. Encontravam-se presentes representantes de Catarina da Rússia, do Rei da Inglaterra, das altas personalidades francesas e no Oriente estavam colocadas as bandeiras representativas das cortes europeias.
             
Assim como ocorreu na Loja Maçônica Amizade, terça-feira, a reunião era pública, ou seja, os não iniciados podiam tomar parte. E aquele homem octogenário, sobre cujos ombros repousavam a cultura, a sabedoria e os direitos da criatura humana, prosseguiu seu memorável discurso: “Faço-me maçom porque encontrei nesta ordem sagrada os ideais da dignidade humana, aqui eu tive a oportunidade de aprender a amar e a respeitar a criatura humana. Nesta casa que abre as suas portas aos ideais revolucionários aprendi, também, a amar a Deus. Invariavelmente, disse que eu não acredito em Deus e é uma verdade. Eu não acredito em Deus, aquele que os homens fizeram, mas eu acredito em Deus, aquele que fez os homens!”
             
No Brasil, Rui Barbosa teve a oportunidade de dizer sobre a Maçonaria o seguinte: “Onde florescem os ensinamentos maçônicos não vicejam a ditadura, a soberania dos poderes arbitrários, nem a dominação daqueles dominadores violentos que denigrem a condição da criatura humana”.
             
Voltaire e Rui Barbosa têm razão, porque a maçonaria, por definição, é uma instituição filosófica, filantrópica que tem por base a crença em Deus e, por consequência, na imortalidade da alma e na solidariedade humana.
  
Divaldo Pereira Franco

Ambos os discursos relatados acima foram descritos, em oratória sublime, por Divaldo Pereira Franco, um dos ícones do Movimento Espírita Brasileiro, em conferência proferida em Americana, interior de São Paulo, em homenagem pela passagem do aniversário de uma Loja Maçônica daquele Município.
             
Enfim, vários são os homens que são Espíritas e Maçons, porque a Maçonaria aceita em suas fileiras todo e qualquer homem livre e de bons costumes, independentemente da religião que professa, basta, apenas, que creia num ente supremo, criador de todo o Universo. Muitos, também, estiveram presentes na história da humanidade, buscando o engrandecimento humano dentro da Maçonaria e hoje, com o advento do Espiritismo, redobraram os seus esforços em amor ao próximo praticando a verdadeira caridade.
             
Resta, apenas, a este singelo espaço dedicado ao Espiritismo render homenagens à Maçonaria Universal, à Loja Maçônica Amizade nº 142 pela passagem de seus 120 anos de trabalhos incessantes e, especialmente, aos Espíritas-Maçons que por lá labutaram e, outros tantos que, ainda hoje, continuam labutando.
           
José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense
Comente: josearturmaruri@hotmail.com

*Coluna publicada pelo Jornal Minuano, em Bagé/RS, que circulou entre os dias 09 e 10 de agosto de 2014 e que também pode ser acompanhada pelo site jornalminuano.com.br.