sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Dia D para o Caminho da Luz



Na próxima quarta-feira, dia 04 de julho, teremos a etapa estadual da Consulta Popular e Cidadã.

Vários serão os locais para que a população mobilizada e consciente possa comparecer, portando título de eleitor e carteira de identidade, para depositar seu voto em quatro das dez demandas elencadas pelos Municípios.

Como já referi neste espaço estarei apoiando a demanda número 03 que, se eleita, irá gerar um recurso financeiro para a instituição que colaboro, o Caminho da Luz, tornando-a um Centro de Referência Regional no Atendimento das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades.

Muitos já sabem, mas não custa lembrar que o Caminho da Luz foi criado em 1959 sendo uma associação de ordem religiosa, cultural, filantrópica, de assistência social, sem finalidade lucrativa e que serve gratuitamente à toda população da região da Campanha.

Atualmente ele é declarado de utilidade pública pela União, Estado e Município de Bagé/RS, possuindo certificado de filantropia.

O Caminho da Luz, desde sua criação, atende pessoas com deficiência e necessidades especiais de Bagé e região, através da realização de atividades de assistência e promoção social, sob a visão biopsicossocial e espiritual.

Dessa forma, no dia 04 de julho, quarta-feira, quem decidir apoiar a demanda número 03, estará ajudando os milhares de pessoas que já foram e são atendidos diariamente por esta instituição que é o verdadeiro “caminho da luz” para os assistidos e para todos nós que dedicamos o nosso tempo a uma melhor qualidade de vida para quem necessita.

Portanto, não deixem de ajudar, doem cinco minutos da sua quarta-feira para quem já trabalha desde 1959 para melhorar a vida de quem precisa.

Em tempo, juntamente à nossa demanda do Caminho da Luz, estamos apoiando a causa da Segurança Pública (01) e da Saúde (02).


José Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense-Caminho da Luz

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pingos de Allan Kardec - O Céu e o Inferno


"Estudos sobre as comunicações de Claire.

Estas comunicações, sobretudo, são instrutivas naquilo que nos mostram um dos lados mais vulgares da vida: o do egoísmo. Ali não estão esses grandes crimes que espantam, mesmo os homens mais perversos, mas a condição de uma multidão de pessoas que vivem no mundo, honradas e procuradas, porque têm um certo verniz, e não caem sob a vindita das leis sociais. Esses não são, não mais, no mundo dos Espíritos, castigos excepcionais, cujo quadro faça tremer, mas uma situação simples, natural, consequência de sua maneira de viver e dos estado de sua alma; o isolamento, o desamparo, o abandono, eis a punição daquele que não viveu senão para si. Claire era, como se a viu, um Espírito muito inteligente, mas um coração seco; na Terra, a sua posição social, sua fortuna, suas vantagens físicas lhe atraíam homenagens que afagavam a sua vaidade, e isso lhe bastava; lá não encontra senão a indiferença, e o vazio se fez ao seu redor; punição mais pungente que a da dor, porque é mortificante, porque a dor inspira piedade, a compaixão; é ainda um meio de atrair as atenções, de fazer ocupar de si, de interessar-se com a sua sorte.

A sexta comunicação encerra uma ideia perfeitamente verdadeira, naquilo que explica a obstinação de certos Espíritos no mal. Admira-se em ver que são insensíveis ao pensamento, ao espetáculo mesmo da felicidade, da qual gozam os bons Espíritos. Estão exatamente na posição de homens degradados, que se satisfazem na lama e nas alegrias grosseiras e sensuais. Ali esses homens estão, de alguma sorte, no seu meio; eles não concebem prazeres delicados; preferem os seus andrajos sujos às vestimentas próprias e brilhantes, porque ali estão mais perfeitamente à vontade; as suas festas báquicas, aos prazeres da boa companhia. Estão de tal modo identificados com esse gênero de vida, que se tornou, para eles, uma segunda natureza; crêem-se mesmo incapazes de se elevarem acima de sua esfera, e é por isso que ali permanecem, até que uma transformação de seu ser abra a sua inteligência, desenvolvendo neles o senso moral, fazendo-os acessíveis às sensações mais sutis.

Esses Espíritos, quando estão desencarnados, não podem adquirir instantaneamente a delicadeza do sentimento, e, durante um tempo mais ou menos longo, ocuparão as escórias do mundo espiritual, como ocuparam as do mundo corpóreo; ali permanecerão tanto quanto serão rebeldes ao progresso; mas, com o tempo, com a experiência, as atribulações, as misérias das encarnações sucessivas, chega um momento em que concebem alguma coisa de melhor do que aquilo que têm; as suas aspirações se elevam; começam a compreender o que lhes falta, e é então que fazem esforços para adquiri-lo e se elevarem. Uma vez entrados nesse caminho, marcham com rapidez, porque gostaram de uma satisfação que lhes parece bem superior, e junto da qual as outras não sendo senão de grosseiras sensações, acabam por lhes inspirar a repugnância".

Fonte: O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo de autoria de Allan Kardec. Editora IDE. p. 189-190.